O futebol moderno é caracterizado por uma evolução tática constante, que busca uma maior eficiência em campo, além de uma maior organização e controle sobre o jogo. Essa evolução tem impactado fortemente os times brasileiros, que têm tido dificuldades em se adaptar às novas tendências táticas do esporte.

A primeira grande revolução tática no futebol ocorreu nos anos 50, com o sistema WM, criado pelo técnico inglês Herbert Chapman, que consistia em um esquema tático com três zagueiros, dois meio-campistas, dois pontas, um centroavante e uma organização defensiva que priorizava a contenção do adversário. Esse sistema foi muito utilizado no futebol brasileiro nas décadas seguintes, com a chamada “escola paulista” desenvolvendo uma versão do sistema WM adaptado à realidade do futebol brasileiro.

Nos anos 70, o Brasil começou a se destacar no cenário internacional com um futebol que primava pelo toque de bola e pela criatividade no ataque. O esquema tático utilizado na época era o 4-3-3, que privilegiava a velocidade e a habilidade dos jogadores de frente. O sucesso do futebol brasileiro nessa época se deveu muito à individualidade e à criatividade dos seus jogadores, que, apesar de terem funções táticas bem definidas, tinham a liberdade para criar e improvisar em campo.

Na década de 80, o futebol passou por outra grande revolução tática com a adoção do sistema defensivo por zona. Essa tática consistia em uma organização defensiva em que cada jogador tinha uma zona do campo para cobrir, em vez de marcar individualmente o adversário. Com essa estratégia, os times tinham uma maior organização tática e uma maior facilidade para controlar o jogo.

Nos anos 90, a tática mais utilizada era o 4-4-2, que consistia em um meio-campo com quatro jogadores, dois atacantes e uma organização defensiva muito forte. Essa tática se destacou pela sua eficiência defensiva e pela capacidade de transição rápida para o ataque.

A partir dos anos 2000, houve uma nova revolução tática com a adoção do 4-3-3 moderno. Essa tática se diferencia do clássico 4-3-3 dos anos 70 por uma maior compactação do meio-campo e por uma maior participação dos laterais no ataque. Com essa tática, os times podem ter mais posse de bola e controlar melhor o jogo, além de terem uma maior eficiência no ataque.

No entanto, apesar da evolução tática do futebol, os times brasileiros têm encontrado dificuldades para se adaptar às novas tendências do esporte. Muitos times ainda utilizam esquemas táticos ultrapassados e não conseguem acompanhar a velocidade e a organização tática dos seus adversários internacionais.

Além disso, o futebol brasileiro ainda é muito dependente da individualidade e da criatividade dos seus jogadores, o que pode ser um obstáculo para a adoção de táticas mais organizadas e eficientes. Muitos times brasileiros ainda privilegiam a possibilidade de jogadas individuais em detrimento da organização tática e coletiva.

Para superar esses obstáculos, é fundamental que os times brasileiros se adaptem às novas tendências táticas do futebol, desenvolvendo esquemas mais organizados e eficientes. Além disso, é importante que os times invistam em treinamento e preparação física para que possam acompanhar a velocidade e a intensidade dos jogos.

Em resumo, a evolução tática do futebol moderno tem impactado fortemente os times brasileiros, que têm encontrado dificuldades em se adaptar às novas tendências do esporte. Para superar esses obstáculos, é fundamental que os times invistam em treinamento, preparação física e em táticas mais organizadas e eficientes.

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