A inteligência artificial é uma tecnologia que vem transformando diversos setores em todo o mundo. Na música, não é diferente. Desde a criação de algoritmos para compor canções até o uso de softwares para aprimorar a qualidade dos sons, a IA já está presente em diversos processos relacionados à produção musical.

Uma das principais vantagens da IA na música é a possibilidade de criar de forma automatizada. O compositor francês Benoît Carré criou uma obra inteira usando uma inteligência artificial criada pela IBM. O programa analisou todas as composições do músico, além de dados sobre a história da música ocidental, para criar uma composição inédita. O resultado, apresentado em julho de 2018, mostrou que a IA pode ser capaz de criar algo completamente novo, ainda que baseado em referências.

Outra maneira que o uso da IA está revolucionando a produção musical é aprimorando a qualidade dos sons. A empresa japonesa Amper Music, por exemplo, criou um software capaz de criar faixas inteiras de música com base em informações sobre gênero, estrutura e instrumentação. Com a IA, as novas músicas produzidas têm qualidade profissional, mesmo sem a intervenção humana.

A IA também está sendo aplicada na área de mixagem e masterização, de forma a ajustar automaticamente o volume da faixa, equalizar o som e melhorar a qualidade de áudio. Alguns softwares utilizam algoritmos para processarem o som e torná-lo mais agradável ao ouvido humano, reduzindo ruídos e eliminando distorções.

Outro uso da IA na música é em sua distribuição. A companhia musical StudioBricks criou uma plataforma que analisa as tendências dos usuários no Spotify e outros serviços de streaming para prever quais músicas serão populares, permitindo que os artistas possam lançar suas músicas estrategicamente.

Embora a IA possa ser uma ferramenta útil para a indústria da música, ela ainda não é capaz de substituir completamente a criatividade humana. A música é uma forma de arte que está profundamente ligada às emoções e à expressão individual, e é difícil dizer se a IA será capaz de criar algo que realmente nos faça sentir. Alguns músicos argumentam que a IA não pode substituir a habilidade criativa humana, e que nenhum algoritmo pode expressar a emoção de um ser humano.

Além disso, ainda é preciso levar em consideração questões éticas relacionadas à propriedade intelectual. Quem será o dono dos direitos autorais em caso de músicas criadas por IA? Esses são alguns dos desafios que a indústria da música e os legisladores terão que enfrentar ao lidar com essa nova tecnologia.

Como toda tecnologia em desenvolvimento, a IA ainda tem muito a evoluir e a ser explorada. Mas é difícil negar que ela já está transformando a maneira como a música é produzida e consumida em todo o mundo. Para muitos, a IA tem o potencial de democratizar ainda mais a música, permitindo que novos talentos possam ser descobertos e que criadores tenham mais tempo e recursos para se dedicarem às suas bebês artísticos.

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