Nos últimos anos, temos visto um crescimento exponencial na utilização da inteligência artificial (IA) em diversas áreas, desde a medicina até a agricultura. Mas uma área em que a IA tem mostrado um grande potencial é a indústria da música.
Nos últimos anos, temos visto um aumento no número de artistas que estão recorrendo a tecnologias de IA para produzir sua música. Os algoritmos de IA podem ajudar a criar novos sons e padrões de ritmo que antes eram impossíveis. Eles podem até mesmo ajudar a criar novas harmonias e melodias que os seres humanos nunca teriam pensado em criar sozinhos.
Além disso, a IA também tem sido usada para fazer recomendações personalizadas de música para os ouvintes. Utilizando informações de streaming e histórico de reprodução, os algoritmos podem prever com precisão quais músicas e artistas os usuários vão gostar, e fazer recomendações com base nesses dados.
Não é apenas a produção e recomendação de música que estão sendo afetadas pela IA. A tecnologia também está mudando a forma como as músicas são distribuídas e comercializadas. A IA pode ajudar a identificar artistas em potencial que podem ter passado despercebidos, e prever quais músicas serão mais populares com antecedência.
Mas como a IA está mudando especificamente a música como a conhecemos?
Uma das maneiras mais notáveis é através da criação de músicas totalmente geradas por máquinas. Por exemplo, a empresa OpenAI criou uma música inteiramente gerada por IA em 2019 chamada “Dadabots – Stream-Generated Metal”. A música foi gerada por uma rede neural que aprendeu a produzir música a partir de uma vasta biblioteca de metal disponível no YouTube.
Embora a música possa parecer um pouco confusa para nossos ouvidos humanos, é inegável que a tecnologia está evoluindo rapidamente e em breve poderemos ter músicas geradas completamente por IA que soam tão boas quanto as feitas pelos seres humanos.
Outra maneira pela qual a IA está mudando a música é através da utilização de técnicas de inteligência artificial em instrumentos musicais. Por exemplo, o AIVA (Artificial Intelligence Virtual Artist) é um software de criação musical que usa uma IA para gerar partituras musicais em uma variedade de estilos diferentes.
A AIVA usa uma rede neural para analisar e aprender a partir de um grande número de partições existentes. Com base nesses dados, o programa cria novas partituras a partir do zero. A tecnologia pode ajudar com a criação de trilhas sonoras para filmes e videogames.
No entanto, muitos músicos se perguntam se a IA está substituindo os seres humanos no processo de criação de música. A quem pertence a autoria da música gerada por computador? Será que as máquinas vão substituir os músicos?
Embora a IA tenha certamente reduzido o tempo necessário para criar música, a maioria dos músicos ainda concorda que a criatividade e a inspiração necessárias para criar músicas memoráveis ainda são exclusivas dos seres humanos.
Além disso, a música é uma forma de arte que está profundamente enraizada em experiências humanas. A beleza da música reside, em grande parte, na capacidade dos músicos de transformar emoções complexas em ritmos, melodias e harmonias.
Por essa razão, muitos músicos ainda preferem trabalhar com outras pessoas para compor e produzir música. Eles usam a IA como uma ferramenta criativa e de produtividade, em vez de uma substituição para si mesmos.
Tenha em mente também que a cultura da música é muito forte e a maioria dos consumidores de música, além de ouvir música, querem participar de experiências que envolvem o músico. Isso indica que a presença humana não é apenas uma parte importante na criação de música, mas também é fundamental para o sucesso e a longevidade de um artista.
Em resumo, a IA está mudando a música como a conhecemos, principalmente na maneira como a música é produzida e comercializada. A tecnologia pode ajudar a criar novos sons e padrões rítmicos, recomendar músicas personalizadas para os usuários e identificar novos artistas em potencial. No entanto, a criatividade e a inspiração necessárias para criar músicas memoráveis ainda são características exclusivas dos seres humanos e ainda não pode ser substituída.